Reconhecimento profissional...

    Em sessão solene da Câmara de Vereadores de Carazinho, dia 22 de janeiro de 2015, o titular deste blog recebeu o prêmio de Melhor Jornalista de 2014. Destaque conferido pelos poderes executivo e legislativo de Carazinho. Foi um momento gratificante para a sua carreira. Veja, a seguir, o que o mestre de cerimônia falou, àquela noite, a seu respeito...
    Natural de Vacaria, Francisco de Assis Pereira de Campos veio para Carazinho, em 1967, com treze anos de idade, junto com seus pais Jovaldino Padilha de Campos e Maximília Pereira de Campos. A família, de seis filhos, fazia parte da leva do 3º Batalhão Rodoviário transferida para Carazinho com a missão de concluir o asfaltamento da BR-285.
    A mudança para Carazinho, na visão de Francisco de Campos e seus irmãos, era algo considerado inadmissível, tendo em vista que, afastar-se dos avós e de outros familiares residentes em Vacaria, parecia submeter-se a um injusto sacrifício. Porém: bastou um dia de convivência com os colegas de Sorg, em Carazinho, para que uma mudança radical de pensamento se efetivasse.
    A hospitalidade com que a família de Francisco de Campos foi tratada em Carazinho, já na chegada, foi marcante... Inesquecível. Francisco de Campos já atuou, como jornalista, em dezenas de cidades do Rio Grande do Sul e de outros estados - mas, na sua opinião, Carazinho é e sempre será o melhor lugar para quem deseja ser realmente feliz. Francisco de Campos é intransigente quando diz que Carazinho se distingue pelo carinho e pela docilidade do seu povo. Carazinho, na opinião dele, tem um povo que sente orgulho de ajudar.
       JORNALISMO
    Ciente de que Carazinho era a terra dos seus sonhos o jovem Francisco de Campos só precisava acertar os rumos profissionais. Estudante do prestigioso Sorg, normalmente aprovado com média oito (ou mais), sem necessidade de exame final, privilégio que cabia a muito poucos àquela época, o estudante Francisco de Campos se deparava com um escasso mercado de trabalho. Para ganhar meio salário mínimo, com carteira assinada, naquele tempo, a pessoa, sem experiência, tinha que ser muito bem apadrinhada. Francisco de Campos, sem esse precioso suporte, obrigou-se a se desdobrar sozinho em busca de uma colocação no cenário das profissões. Teve sorte...
    Apresentado por um cidadão humilde que se chamava Florides da Silva - hoje talvez por ninguém lembrado na cidade - Francisco de Campos conseguiu o seu emprego de carteira assinada no jornal O Noticioso que, à época, circulava em toda a região. Chefiado pelo jornalista conhecidamente austero Levino Junges o jovem Francisco de Campos entendeu, de imediato, que a missão de informar e escrever era algo muito sério. Assim, então, procurou pautar a sua carreira que começou no distante ano de 1968 e se estende até os dias de hoje.
    Depois de uma experiência exitosa em O Noticioso Francisco de Campos foi convidado para integrar a equipe do Jornal da Produção - fundado em março de 1972 em Carazinho. Pelo bom desempenho na equipe do saudoso Levino Junges foi credenciado a fazer parte do grupo selecionado pelo exigente e competente Edemar Ruwer. No Jornal da Produção galgou todas as posições... De organizador da circulação até editor geral e chefe de produção.
    Em 1978 Francisco de Campos, já casado e com bons planos para a família, entendeu ser correto fundar o seu próprio jornal. Foi assim que, em 25 de julho desse ano, fez circular o hoje vastamente conhecido Correio Regional. Fixou, inicialmente, sede em Não-Me-Toque mas, aos poucos, foi se expandindo. O jornal está hoje com trinta e seis anos e meio e tem notório reconhecimento, em toda a região de abrangência, sobretudo pela altivez, pela seriedade e pelo respeito ao raciocínio do seu amplo círculo de leitores.
    Não se pode separar Francisco de Campos do Correio Regional. Um se confunde com o outro. Há quem diga que não existe Correio Regional sem Francisco de Campos. Verdade é que se trata talvez de uma das poucas organizações empresariais que, nesta região, tenham sido fundadas e ainda sejam dirigidas pela mesma pessoa no período 1978/2015. Isto é: Francisco de Campos rega o Correio Regional, com um carinho todo especial, há quase trinta e sete anos. Nesse tempo as políticas econômicas complexas deste nosso país fizeram muitas instituições sucumbirem. O Correio Regional, entretanto, sob a obstinada dedicação deste jornalista, mostra-se ainda cheio de vigor.
    PRÊMIO
    Com nome consolidado em todas as partes da região o jornal de Francisco de Campos, quatro anos atrás, instalou sucursal em Carazinho. Assim se deu o retorno de um carazinhense por opção à terra mais estimada. Francisco de Campos enfatiza, sem qualquer relutância, em seus mais diferentes diálogos, que Carazinho é a melhor cidade do mundo. E para quem duvida dessa afirmativa ele costuma dizer: saia daqui e sinta o que eu senti. Quem mora em Carazinho, mesmo que por um ano, é contagiado pelo positivo vírus da perenidade. Não há como ser feliz de verdade longe desta terra... Longe desta gente tão carinhosa... Tão compreensiva... Tão atenciosa.
    Francisco de Campos tem o registro número 4.406/MT-RS no contexto dos jornalistas do Rio Grande do Sul. Para garantir atuação em todo o território brasileiro - se desejar expansão em algum momento - sempre faz questão de se manter filiado à Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj. Nessa instituição o seu registro tem o número 4.410/15/19.
    O Correio Regional foi escola para centenas de pessoas nestes seus quase trinta e sete anos de existência. Muitos dos grandes profissionais que hoje atuam na imprensa do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná passaram pela equipe sempre orientada e coordenada por Francisco de Campos. Carazinho mesmo tem bons jornalistas que deram seus primeiros passos profissionais no Correio Regional. Cidades como Marau, Garibaldi, São Sebastião do Caí e Vacaria reconhecem, como nesta região, o sempre zeloso trabalho de Francisco de Campos.
    Muito mais poderia se falar sobre este profissional que, apesar de já estar com 42 anos de atuação, não escolhe ofício. Quando necessário é repórter, fotógrafo, redator, diagramador, artefinalista, revisor e até entregador. Sim... Se alguém do círculo de assinantes do Correio Regional informa que não recebeu a edição Francisco de Campos sai de sua casa, no horário que for preciso, para corrigir a falha. Ou seja: levar o exemplar exigido pelo assinante.
    Francisco de Campos e sua equipe agradecem, de coração, pela abundância de bem que têm recebido na Capital da Hospitalidade... Na aconchegante, hospitaleira e profundamente amada cidade de Carazinho. O prêmio ora permitido ao jornalista é um nutriente de poder inimaginável para as suas ações futuras - no jornalismo e na ação comunitária. (Carazinho, 22 de janeiro de 2015)

(Autor: Francisco de Campos - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais Nº 9610/98)

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