Vacina contra tudo



   Em determinado dia, muitos anos atrás, fui ao encontro da minha mãe, que estava em um tanque, claro, lavando roupas, para fazer esta indagação: “Mãe... Por que eu tenho esta cicatriz aqui no braço direito?”
    Minha mãezinha querida, Maximília José Pereira de Campos, talvez com menos de vinte anos de idade, me informou: “Filho... Veja aqui no meu rosto, marcas de doença cruel, mas essa cicatriz no seu braço significa que não vai ser assim atingido”.
   Linda a minha mãe. Eu ainda não havia notado. Ela tinha, no entanto, marcas de quem superara a crueldade da varíola e, tão logo surgira a vacina, tinha buscado proteção para os seus amparados. Tenho muito orgulho da minha mãe. Ela era um amparo e tanto.
    A cicatriz no meu braço, então, era marca de que tinha sido vacinado contra a varíola, doença que matava ou, no mínimo, deixava marcas traumatizantes nos seres contaminados. Minha mãe tinha sido uma das vítimas. Não queria que seus filhos vivenciassem semelhante experiência.
   Pois é... Estou eu aqui, neste momento, pensando numa forma de contar ao mundo – ou pelo menos ao povo brasileiro – o quanto é importante receber uma vacina. Deus permite a existência do cientista para que crie soluções quando o mundo se encontra em pânico.
   Eu idolatro a ciência e, sobretudo, o cientista. A pessoa precisa ser muito humana para exercer de forma honesta e adequada a missão de cientista. Por isso eu mostro repugnância a quem se opõe à ciência mesmo perante a possibilidade de vitimar milhões de pessoas.
   Eu sou a favor da ciência, do cientista e, para me adequar à realidade presente, digo com firmeza que vacina é salvação. Vacina não interessa de onde vem... Do ocidente ou do oriente. Vacina é vida. É saúde... É equilíbrio... O mundo é feito de população saudável.
   O planeta terra, em 2021, vive o pânico do coronavírus. Imagine só... Eu sempre disse aos meus filhos: “Vocês são de uma geração feliz. Sem guerra mundial. Sem pandemia. Sem a impunidade criminal. Temos vacina, polícia, justiça... Somos uma geração feliz”.
   Eis que surge aí esse tal de coronavírus. O bandido mostra o rosto e nós, vítimas dele, nos escondemos atrás das máscaras. É um paradoxo. Bandido tem que ser identificado e colocado atrás das grades. Gente produtiva, como procuramos (eu e milhares de pessoas que conheço) ser, precisa mostrar a cara, sem vergonha, sem medo, sem desconforto... Gente produtiva tem que ser livre...
   Agora, ainda dentro do tema vacina, imaginemos uma criação científica que, injetada na pessoa, detecta “honestidade ou desonestidade”. Sim! Uma vacina contra a desonestidade... A gente constata que o maior poder político de hoje, em âmbito nacional, coloca em dúvida tudo que diz respeito à nocividade do coronavírus. Problema sério.
   Eu não quero me estender nesta abordagem. Nem quero ser o dono da verdade. Nunca quis e jamais terei esse tipo de ambição. Contudo: aqui vai um desafio... Se a vacina da pura honestidade fosse criada... Imagine só essa vacina... O nosso governo idolatrado seria imediatamente contra ou faria os primeiros testes com os seus tão protegidos filhos? (Autor: Francisco de Campos/Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais N° 9610/98)

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