Tributo ao vovô Nelson...

   Não tivemos tempo de convivência com nosso avô “Pingo”. Ele faleceu muito cedo. Isso sempre pode ter sido uma lacuna na nossa existência e, acreditamos, até na vida exigente de nosso querido pai Alciomar da Silva. Apesar de tudo nos mostramos fortes e essa ausência nunca nos representou grande problema porque, além do carinho incomparável de nossos pais, Alciomar/Alice, sempre tivemos o afago de outros preciosos avós: Celito/Clari Brandt.
   Como é difícil falar de momentos tristes. Você sabe que a gente tem muita sorte. Alguns anos atrás apareceu em nossas vidas, no papel de vovô impecável, um jovem cidadão que se chamava Nelson Linck. Esta pessoa, sempre ao lado de nossa avó Roseli da Silva, preencheu um lugar que julgávamos ninguém merecer. O lugar de nosso avô “Pingo”. Passamos, a partir daí, a considera-lo avô Nelson.
   A gente aqui, no interior de Coqueiros do Sul, tem a felicidade nutrida pela pureza do relacionamento interpessoal. Pelo carinho da mãe, pela coragem do pai, pela ousadia do irmão mais velho (que vai à luta), pelo exemplo bom que vem de todas as partes. Aliás... A gente seleciona, cuidadosamente, o melhor aparente e o bem que realmente existe. Os perigos no Brasil, hoje em dia, são imprevisíveis. Há que se ter alguém que, teimosamente, nos alerte para os riscos existentes.
   SEMPRE GRATOS
   A partida do nosso avô Nelson Linck não era sequer cogitada. Ele, pessoa fisicamente privilegiada, nos convencia de que, frágeis como somos, nele sempre teríamos um colossal amparo. Bondade dele. Por ser bom ele nos fortalecia. Nos transmitia segurança... Esperança... Amizade... Disposição para todo tipo de enfrentamento. Certeza do resultado positivo de existir.... Companheirismo...
   Verdade é que a Covid-19, ao invés de preservá-lo, preferiu leva-lo e ainda nos deixar assim. Tristes. Inconsoláveis. Em sensação de desamparo. O sofrimento pela perda, no entanto, nos faz convictos de que vida completa, com carinho e certeza de presença e segurança, era com Nelson Linck. Agora a esperança é que o nosso Deus continue a dar ouvidos a súplicas nem sempre só nossas... Súplicas, às vezes, até bem ambiciosas. Porém, a vontade, o sonho, a esperança, é que nos permita ter alguém, ao nosso lado, sempre, tão forte quanto o vovô Nelson Linck...
   Quem sabe, nosso grandioso protetor celestial, você faz com que o nosso pai, Alciomar da Silva, depois de tantas lutas, de tantas exposições às doenças, aos imprevistos da vida... Depois de tanto ser explorado por quem tem o capital seja, finalmente, contemplado, pelo menos, com o título da terra que ocupa – e onde produz fartamente – há mais de vinte anos.
   Na ausência inesperada de vovô Nelson Linck o que nos alenta??? O que nutre a nossa esperança? O que nos impulsiona no dia a dia? O que nos inspira para o caminhar constante de cabeça erguida? Sim!!! Nos resta pedir:
   Deus!!! Nosso governo estadual!!! Nosso governo federal!! Nosso governo municipal (conhecedor da realidade que nos é permitida). Dediquem um tempo para valorizar adequadamente o que fazem meu pai Alcionar e minha mãe Alice e, de uma vez por todas, nos contemplem com esta terra que, desde o nascimento, desejamos para produzir com a certeza de que nossa será sempre. O Brasil produtivo vai ter orgulho de nós. Até achamos que este Brasil que enxergamos já tem orgulho de nós. Fizemos, até agora, o que entendíamos ser suficiente. O que entendíamos ser correto. Contudo, se há algo mais a fazer, por favor nos indiquem.
   Vovô Nelson Linck... A gente tinha certeza de sua presença infalível nesta luta. Neste sonho. Nesta realidade difícil mas cheia de coisas boas. A gente fazia aqueles churrascos, nos fins de semana, por dever de celebração. Havia, entre nós, um sentimento que sempre irá existir. O sentimento de gratidão pela vida boa que levamos mesmo frente a uma imensidão de dúvidas. E você, vovô Nelson Linck, era um dos nossos fatores de gratidão. Agora, é claro, nos ficou a certeza de quanto é preciso se cuidar dessa pandemia que o levou. Sim!!! A pandemia o levou. Deixou, porém, aquilo que entre nós você semeou. Esperança, alegria, bondade...
   Vovô Nelson Linck... Você ganhou espaço eterno em nossos corações. E, exatamente no dia em que você partiu, nos chegou Breno, um menino lindo, forte, resultado inicial de um amor que teve pressa de apresentar seus frutos. Breno, menino de caráter forte, veio alentar os nossos corações e, estamos convictos, renovar as esperanças que podiam ter sucumbido com esse seu inesperado afastamento. Vovô Nelson Linck... Breno Renner da Silva. Este é o nome do menino que agora nos consola e, evidentemente, nos dá energia e esperança para enfrentar o que vier no futuro. E a certeza é de que só virão coisas boas. Você, vovô Nelson Linck, deixou marcas irremovíveis em nossas vidas. O tempo de convivência não foi longo como a gente desejava. Só que, mesmo assim, o amor que entre nós você plantou, tenha certeza, é eterno.
   Gratidão vovô Nelson Linck. Gratidão ao soberano dos céus por nos contemplar, agora, com a companhia, exigente mas respeitável, do pequenino Breno Renner da Silva. Este é mais um forte que conosco estará nas jornadas presentes e futuras. Obrigado Deus!!!
   (Jornalista Francisco de Campos/ em nome dos sobrinhos Mateus Brandt da Silva e Vinícius Brandt da Silva – em 12.3.2021/Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais N° 9610/98)


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