A minha Páscoa é assim


“Coelhinho da páscoa...
O que trazes para mim?
Um ovo, dois ovos,
Três ovos assim...

Coelhinho da páscoa...
Que cor ele tem?
Azul, amarelo,
Vermelho também...”

Pois é... Nem uma música,
Mesmo do rei Roberto Carlos,
Está assim tão incrustrada
Em povos de diferentes nações.

O coelho, eficiente até demais,
Nas relações com as fêmeas,
Deu asas para ser símbolo pascal.
O símbolo, maior, aquele que deve
Ser reverenciado, no entanto,
Fica, na população comum,
Em amargo segundo plano...

O revelar é chocante e decepcionante.
O coelho não é o presenteador da páscoa.
É o boneco que um marqueteiro criou
Para compensar o interesse econômico
Que, por período prolongado,
Enfrenta limitado volume de vendas.

Estou eu, entretanto, cansado
De tentar corrigir o incorrigível.
De querer fazer que compreendam
O que querem ser indecifrável.
Há quem pense não ser eu um humilde
Imaginam que sou arrogante e ambicioso...
Ou até mesmo um a mais no querer ser
Dono da verdade absoluta.
 
Nada disso...
Eu não sou isso.
Eu só sou consciente.
Um ser decente.
Com desejo arrojado.
Sem ser obrigado.
A uma causa decente.
Que nos faz mais gente.
Que nos dá liberdade.
De viver à vontade.
Que faz meu coração.
Se render em oração.
Para que sua vida.
Não mais seja ferida.

Coelhinho da páscoa...
Pode trazer meu presente.
Espero que seja precioso
Como o que deu a outra gente.

Coelhinho da páscoa...
Sou-lhe grato por isto.
Seu papel é relevante.
Mas o grande é Jesus Cristo.

São milhões em chocolate
Que se investe a cada ano.
Coelho é o protagonista
E o Cristo fica no engano.

Jesus Cristo se enganou
Quando falou de amor pleno.
Nem deve ter imaginado
Ações de um mundo pequeno.

(Autor: Francisco de Campos/Todos os direitos
reservados/Lei dos Direitos Autorais n° 9610/98)


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