Por amor ao saber



Tinha seis anos de idade
Era estreante na escola
Só pensava em jogar bola
Mas queria compromisso
Compreendia que sem isso
Desperdiçaria minha vida
Até em jornada sofrida
Jamais me furtaria disso.

Recusei mesa da frente
Fiquei na fileira de trás
Preservei a minha paz
E bem absorvi o ensino
Fui visível bom menino
Venerava a professora
Eu a tinha como autora
Do meu sonhado destino.

Guri orientado em casa
Na sabedoria dos pais
Do professor eu jamais
Faria questionamento
Era leve como o vento
Reverente sonhador
Meu impulso era o amor
E o saber meu intento.

Lembro-me bem de um dia
Em que falhei por engano
Deu um branco no meu plano
De ser sujeito impecável
Mas a professora afável
Entendeu minha atitude
Ao invés de ser bem rude
Deu-me um abraço amável.

Não me exaltei no carinho
Que a sábia mulher dedicava
Num pranto eu me banhava
A vergonha não sumia
Não esqueço aquele dia
A bondade me entendeu
A grandeza me acolheu
De vergonha eu me mordia.

No dia 15 de outubro
Digo aqui abertamente
Que tudo que a gente sente
É coisa muito pequena
Perto da figura serena
Que trabalha com amor
A quem foi meu professor
Meu respeito sempre acena.

(Autor: Francisco de Campos - Todos os
direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais n° 9610/98)

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