A janela de um sorriso




Eu preciso confessar ao mundo
O que confesso a mim mesmo.
Existe o sol. Existe a lua. Existe o dia.
Existe a noite. Existe o mar.
Existe o vento. Existem as nuvens.
Existem as estrelas. Existe a chuva.
Existe o calor. Existe o frio.
Existem as flores. Existe o rio.
Existe o verde ainda abundante.
Existem as montanhas. Também as planícies.
Existem os pássaros. Existem as abelhas.
Existem as borboletas (amarelas).
Existem meios de saciar todos os anseios.
Sim! Há a beleza do existir.
Mas eu confesso ao mundo.
Eu confesso a mim mesmo que
tudo isso eu só enxergo
pela janela que se abre no seu sorriso.
Toda manhã, ao abrir os olhos, eu sou
ávido pela sua justificante imagem.
Não mais são os olhos que me permitem
enxergar o mundo. A minha visão só se
aguça se tenho à frente sua imagem.


(Autor: Francisco de Campos - Todos os direitos 
reservados/Lei dos Direitos Autorais n° 9610/98)

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