Nomes que a gente não esquece (parte três)

    Minha mãe tinha um jeito bem particular de se expressar diante de algo que considerava muito bonito... "Lindo como uma flor de maracujá." Esta era a frase que fazia, sistematicamente, quando decidia emitir um grande elogio. 
    Veja que filho insensível eu sou... Só hoje me dei ao esforço de conferir a beleza dessa flor por minha mãe tão comentada. É! Conheci e comprovei... Agora tenho certeza... A flor de maracujá é realmente bonita. São muitas as variedades - mas todas de uma beleza celestial.
    Então, imitando a minha mãe, até como uma forma de homenagem (este domingo é o dia das mães - 14/5), classifico meus sentimentos, em relação a mais alguns "Nomes que a gente não esquece", da seguinte forma: "lindos como uma flor de maracujá". 
    Verdade... Aos meus amigos, do passado e do presente, dedico um sentimento "lindo como uma flor de maracujá". Vou citar alguns deles a seguir. É o mínimo que posso fazer pelo muito que sempre por mim fizeram. 
    - Delair Francisco Koch - Jornalista de primeira linha... Amigo do peito... De todas as horas. Diretor do jornal Folha Espumosense. A gente firmou uma sintonia perfeita desde um congresso de jornalistas em Porto Alegre (década de setenta). Repartimos preciosa ajuda através dos anos.
    - Antônio Roso - Empresário habilidoso. Um dos gigantes da indústria sulriograndense. Líder dentro e fora do seu ramo. Abriu as portas da sua cidade quando decidi colocar em circulação o jornal Correio Marauense. É um símbolo... Um exemplo para quem deseja acertar caminhos. Mesmo assim mantém a humildade. Dá atenção de idêntico nível a pessoas de todas as classes.
    - Francisco Sérgio Turra - Também um gigante no cenário das lideranças do Rio Grande do Sul. Na política foi um pouco de tudo... Até ministro da agricultura. O enorme prestigio que conquistou, entretanto, não o impede de ser gentil. Atende, de forma invariável, todo o apelo que lhe é endereçado. Em Marau é tido como uma espécie de deus. E também pelos amigos deste Brasil afora.
    - Florides da Silva - Já é falecido. Faz bastante tempo que nos deixou. Mas continua com imagem bem viva em nossas memórias. Digo nossas porque o Florides era pessoa de muitos parceiros/amigos. Foi através da influência dele - um humilde cidadão portador de deficiência física - que consegui o meu primeiro emprego de carteira assinada. Fomos, eu e o Florides, durante longo tempo, integrantes da equipe de distribuição do jornal O Noticioso. 
    - Rudi Brombilla - Ele conta que se hospedou em minha casa quando era adolescente. Diz que até lhe brindei com um churrasco. Não me lembro. Mas deve ser verdade. Pudera... O moço era uma magreza e, hoje, se mostra bem mais robusto, o que não o priva de exibir charme/carisma. Tenho por este jovem um carinho paternal. Nem sei como explicar. É, no entanto, o que sinto. Talvez por saber que ele se criou sem pai eu queira, inconscientemente, preencher esse vazio. Veja como sou ambicioso.
    - Thelma Kuhn - Quando Deus precisou enviar para a terra uma incrível professora fez com que nascesse Thelma Kuhn. E ela soube cumprir essa missão. De São José do Centro (interior de Não-Me-Toque) partiu o seu prestigio profissional e espalhou-se por toda parte. Dona Thelma Kuhn é um totem da educação. Seus filhos receberam o mais alto padrão educacional. São pessoas respeitadas e estimadas como a mãe. Tenho por esta professora a mais alta consideração. 
    - Plínio Carlos Baú - Médico recém-formado instalou-se em Não-Me-Toque no final da década de setenta. Angariou, em tempo relâmpago, as simpatias da cidade. Pudera... Além de impecável profissional é humilde e extremamente gentil. Deixou muita saudade entre os não-me-toquenses - depois que foi chamado para integrar o quadro de cientistas (também professor) da PUC/RS. Um chimarrão na sede do Correio Regional fazia parte da sua rotina diária.
    - Arlindo Schenkel - Também professor. Morava e exercia a sua profissão em Linha São Paulo (interior de Não-Me-Toque). Faleceu três anos atrás. Era pai de uma moça (Elisa) bonita e competente que trabalhou no Correio Regional diversos anos. Fundou e dirigiu a Apsat (Associação de Prestação de Serviços e Assistência Técnica) para fazer prosperidade entre os pequenos agricultores da sua localidade. Fica na minha memória para sempre. São muitas as razões para isso. 
    - Irma Felker - Sempre fui cercado por verdadeiros anjos. Esta é um deles. Um dos anjos que mais me ampararam em momentos de aflição/dificuldade. Dona Irma Felker cedeu, por longo período, uma sala da sua casa para funcionamento da sede do Correio Regional (segundo endereço) em Não-Me-Toque. A nossa vizinhança foi perfeita. Ela era ótima cozinheira. Também fazia doces incomparáveis. E adivinhe: quem sempre recebia um pratinho?
    - Dante Graeff - Fez parte do corpo de lideranças de Não-Me-Toque por cinquenta anos. Batia o escanteio e cabeceava na área. Sujeito incrivelmente versátil. Tinha um zelo especial pelo aspecto da cidade e, também, pelo futuro das crianças. Era presença todos os dias na sede do Correio Regional. Amigo fiel. É quem deu a Não-Me-Toque o slogan Jardim do Alto Jacuí. Inspirados nesta caracterização os não-me-toquenses dedicam-se até hoje à construção de uma cidade bonita e organizada.

    INSPIRADORA
    GRATIDÃO
    Eu falo das virtudes dessas pessoas... É a minha forma de agradecer por tanta ajuda recebida. Do bem que me fizeram não falo objetivamente porque o texto ficaria grande demais. Essas pessoas sabem por que aqui figuram e, discretas como são, nem gostariam de ver propagandeadas as suas ações de bondades. Caros amigos... Acho que vou ter pelo menos mais um capítulo... Tem mais gente que precisa saber do meu carinho. (Autor: Francisco de Campos - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais Nº 9610/98)

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