O meu professor Medina

    Tenha certeza de que sou um sujeito muito realizado em todos os aspectos. Para me garantir o aconchego do melhor abraço e da palavra que sempre se encaixa de forma perfeita na necessidade de estímulo tenho a minha amada Aline Brandt. Mas isso não é tudo na vida de um ser humano que deseja experimentar o máximo que o universo permite. 
    Andei exercitando alguns raciocínios em dias recentes. Você já deve ter feito algo parecido. Ocorre que, extremamente feliz no amor conjugal, concluí que tenho liberdade para ir além desse sentimento. É possível amar a minha mulher, com toda intensidade, deixando sobra de espaço para um sentimento sublime em relação a pessoas que, sem qualquer ambição, marcaram a minha vida. 
    Sou do tipo bem masculino. Não discuto preferências outras porque isso não diz respeito à minha realidade. No entanto: você pode se surpreender com esta declaração - "amo diversos homens". Verdade... Amo meu pai Jovaldino Padilha de Campos, meus irmãos Paulo e Abelino, meu sogro Celito Brandt (se você tem algo contra o sogro o problema é seu), meu contador Hendrikus Mosselaar, meu amigo Silas Almeida (o sujeito que me vendeu até o que eu não precisava), meu genro Renato Amorim Ribeiro da Silva... Amo, é claro, meus filhos Marcel e Francisco... Meus netos Francisco, Franco e Heitor... Poxa!!! Nunca imaginei que tivesse tantos homens amados em minha vida. 
    Todos esses amores são autênticos e perenes. Só que eu preciso revelar um amor extraordinário por pessoa que não faz parte do meu círculo familiar e, mesmo assim, posso dizer com segurança que teve influência decisiva para eu chegar ao que sou. Antônio Silveira Medina... Esse é o nome... Eu amo Antônio Silveira Medina. Se você conhece esse grandioso ser humano sabe das minhas razões. A pessoa não precisa viver lhe paparicando. A pessoa não precisa viver lhe procurando. A pessoa só precisa ter aquela palavra ("certa") que lhe tira das profundezas de um possível desânimo. 
    Antônio Silveira Medina... Meu professor de educação física no Sorg. Meu técnico de escolinha de futebol no Glória. Meu orientador de português no início da carreira jornalística. Nossa!!! Antônio Silveira Medina me contemplou com ingredientes que não encontraria em outro lugar. Aliás: ele é assim... Não economiza palavras que podem elevar os seus semelhantes. Talvez ele desconheça quanto importante foi todo diálogo que manteve comigo. Por isso eu entendo ser conveniente informá-lo: Professor Medina... Você foi um sol mesmo no pior dos invernos. Você já me disse: "Chico... Não me enche a bola... Não mereço tanto". 
    Pois é, caro professor Medina, não posso passar pela vida sem encher algumas bolas. E você precisa saber que, nas minhas buscas de memória, está no pódio... No ponto mais alto do pódio. As palavras amigas que me dedicava sempre de passagem pela sede do Correio Regional, na verdade, eram bálsamo para o não desvanecimento. Você não sabe... Entretanto: respostas que me deu, a perguntas que fiz, tornaram-me o ser corajoso e aparentemente imbativel que hoje sou.
   MONITORAMENTO
    Sempre que tenho algum tempo percorro as redes sociais para saber algo sobre as pessoas que me são caras. Antônio Silveira Medina, no Facebook, é quem busco todos os dias. Afinal: um bom mestre, mesmo que distante, sempre pode nos transmitir algo de grande utilidade. 
   Vejo que o meu amado professor Medina (educação física e português) vive cercado de familiares... Mulher, filhos, netos... Quando preciso ver um quadro de amor verdadeiro vou ao perfil de meu professor Medina no Facebook. Ele tem até netos seguidores na área esportiva. É... Algo que não contei antes: Medina foi um dos mais fabulosos jogadores de futsal do Rio Grande do Sul. Dizem que seus chutes rasgaram muitas redes. 
   Querido professor Medina... Não estou aqui enchendo a sua bola... Tenho mais algumas pessoas pendentes de minhas dedicatórias. Escolhi você para ser o primeiro. Por que??? Simples!!! Porque você é o primeiro. Professor Medina, nesta tarde de sábado (23/7/2016), no aconchego do meu lar, ao lado da minha amada escritora Aline Brandt, eu invado a sua vida com esta homenagem. Eu o amo. 
   É possível um ser genuinamente masculino amar um homem? É! Eu amo Antônio Silveira Medina. Se ele acha que isso é encher a bola não importa. Se mostrar o que escrevo a qualquer ser que eu conheça receberá esta observação: "Poxa! Eu queria lhe dizer tudo isso mas não sabia como. Esse cara disse tudo". 
   Medina... O Chico do Jornal o ama. Ele tem certeza de que, sem suas palavras e sem seus exemplos, não teria tanta coragem para cumprir a trajetória que lhe era destinada. Sem querer, professor Medina, você fez mais por mim do que por si mesmo. Beijão e votos de felicidade inteira com essa maravilhosa família que o cerca. (Autor: Francisco de Campos - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais Nº 9610/98)

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